Sunday, October 25, 2009

Prisão da Alma

A pior prisão, não é a prisão física, que na prioridade, aqueles que cometeram atos horrendos, devem ser excluídos da sociedade.
A pior prisão não é aquela que tenta manter um ser humano enjaulado, ou mesmo acorrentados para que este não aja, em prol de sua satisfação.
A pior prisão é a prisão da alma.
Onde você é excluído da moral e de sua natureza.
Onde você é obrigado a estar em situação completamente dominante, sem que você se sinta na harmonia de poder expressar sua excência, suas idéias, sua boa conduta.
A prisão da alma é gritante, penso em até, pior que o bíblico inferno, pois você é tratado como um boneco, e nas mãos de muitos, tem que se humilhar, ao calar, dando ouvidos à conversas sem sentidos, e muito menos de bom agouro.
Estou num mundo em que não tenho chance de ser aquilo que tenho por natureza; sigo caminhos excrupulosos de baixarias e desrespeito.
Tenho pena dessas pessoas, que, com máxima certeza, podem me dominar, mas suas almas encontram-se presas num estágio degradante, onde a ignorância, não é apenas deixar de se envolver, ou conhecer o mundo ao seu redor, e sim, é de se abster a si próprio, da verdade que DEUS, na sua máxima excelência, nos dá o sopro da vida.
Tenho pena dessas pessoas, pois são desprovidas de amor, de calor humano, de olhar o seu próximo com dignidade, e pior ainda, de olhar o seu filho apenas como mais uma jaula para a alma que alí, através de um ato de sexo e não de amor, fôra depositada.
Tenho pena dessas pessoas que se desvalorizam, se expressam de maneira louca, onde a razão e o racional, foram jogados no lixo, e nem se quer, conseguem enxergar isso.
Quero sair de meu físico, pois onde vivo, não tenho chance da paz, nessa guerra eterna da exclusão da alma ao mundo que tanto mostra-se consumido pelo ódio.
Todos tem chances de mudar, de melhorar não somente a si, mas tudo ao seu redor. E quem disse que estes problemáticos seres desprovidos de bom senso, tem o mínimo de vontade de ser vencedores ? Pobres criaturas errantes.

Saturday, October 3, 2009

A Síndrome de Frankstein

Em 30 de agosto de 1797, nascia no Reino Unido uma escritora que chocou o mundo com uma de suas principais obra. Mary Shelley aos 18 anos, começou a escrever uma novela que nos intriga dia após dia; The Modern Prometheus, ou mundialmente conhecido como; Frankstein.
Segundo informações, Mary se inspirou em seu professor Victor Frankstein, com seus ensinamento de como criar vidas e criaturas semelhantes ao homem.
A história de Frankstein muitos conhecem, tido como horror, conta a história de um cientista que tenta através de várias parte do corpo humano, de várias pessoas, criar um único ser vivo. Se passar por DEUS e ter a sensação do poder da criação.
Assassinando pessoas inocentes, escolhe a parte de seu físico que esteja faltando em sua pesquisa, e ao completa-lo; com braços e pernas de pessoas distintas; vislumbra o imenso corpo deitado em cima de uma maca, cercadas de fios que são ligados em partes no ser que momentaneamente dorme.
A chuva presente, enche-se as ruas desertas clareadas por imensos relâmpagos que fazem daquele ambiente, o mais inóspito possível.
Frankstein espera o momento certo de um relâmpago atingir em cheio uma das lanças no topo de seu castelo, onde estão conectados os cabos com destino ao corpo monstruoso no centro do laboratório.
Frankstein observa o negrume céu ansioso e quase cego por luzes repentinas que por vezes caem próximas ao seu tão aguardado alvo.
De repente, com um clarão intenso, um raio riscando o céu, vai de encontro a uma lança de aço que por calor intenso, torna-se alaranjada.
Um som ensurdecedor enche aquele ambiente agonizante, onde a luz dança uma coreografia descontrolada, indo de encontro ao enigmático ser que se encontra inerte no meio do crespúsculo úmido e frio.
O sopro da vida foi dado ao ser que entre nós não é bem vindo, ou mesmo, um ser mal interpretado.
Minha vida, vejo hoje, a síndrome de Frankstein.
O monstro de Frankstein, fôra feito com parte de vários corpos, muitas vidas foram tiradas em prol de uma, na oportunidade de se tentar criar muitas.
Minha vida, fôra feita com muitas mentes, na oportunidade de se criar uma única. Uma única mente capaz de pensar, lutar, e desejar viver. Uma mente digna de respeito, pois de muitas mentes que fui criado, sou herdeiro de uma educação respeitosa.
No laboratório da vida, me deram os anos que eu vivesse, anos estes que no início, sim, teve um limite, mas hoje, hoje supero o que muitos antes, acreditavam que eu viveria pouco.
Sou criação de muitos, e estes muitos, agora me vêm apenas um ser indigno. Indignidade esta dada pelos que me educaram, pelos que abriram minha mente, pelos que me deram a chance do conhecimento, pelos que me deram a chance a vida.
Como o monstro de Frankstein, incompreendido pela sua razão de vida, me sinto.
Jamais tive culpa de estar ou ser assim. A vida nos prega destinos que devem ser seguidos e acreditem, estou aqui, na minha vontade e luta de viver.
Minha irmã também sente o mesmo, pois o mesmo destino que a mim fôra aplicado, a ela muito mais castigante e amargante sente o ardor do desprezo múltiplo.
Do direito ao respeito e consideração, fomos excluídos. Aqueles que nos criaram, temem entrar em nosso quarto, no temor e pavor que peçamos algo por nós necessário.
Mais uma vez, eu digo, não temos culpas de assim sermos.
Realmente, como seres humanos, não somos perfeitos, mas, dessa vida paralítica que temos, aprendemos muito mais que muitos que andam em ruas escuras. Aprendemos muito mais que pessoas que vivem suas vidas levianamente.
Aqui, somos confessionários de atos torpes, pois sabem que o medo de agir, nos faz mais ainda, vítimas da polio que nos ama.
Não somos seres viris, pois desde crianças, na ditadura educacional, nos foi tirado a luz da coragem que muitos tem.
Mas somos seres pensantes, e atraves de nosso dom de reflexão, procuramos meios de suportar as tristes agulhadas que dia-a-dia nos dão.
DEUS nos faz impuros se desejarmos que estes que nos criaram, estivessem na situação de prisão física, pois ao menos sentiriam na pele o desgosto do egoísmo que o próximo lhe oferece.
DEUS nos faz impuros se desejarmos que estes que agora, se arrependem de nos manter vivos, tivessem a chance de serem tratados com mesquinhez, impor-lhes que esperem ajuda, o momento que eles estipularem, e sua necessidade for de matar a sede, ou de querer respirar melhor.
Não estamos em busca do luxo, mas a sensação de lixo que sentimos, gera dentro de nossos corações, tristeza e rancor por não podermos ao menos ter o direito ao bem-estar, que a constituição humana, que permite até aos crimonosos, que tem em suas mãos, sague alheios que de maneira alguma os pertenceu. Essa é a síndrome de Frankstein, criados onde a sociedade nãos nos compreende inteiramente.