Monday, December 26, 2011

Meu Primeiro Natal Fora do Hospital


Vivi este final de semana, um momento de extrema emoção.
Sábado, dia 24 de dezembro de 2011, acordei de madrugada, para tomar banho.
Entre ansiedade, um pequeno contra tempo surgiu; de ter separado tudo para sair, uma camisa muito linda que ganhei, não serviu em mim. Procurei não deixar que nada abatesse minha felicidade de sair, pois fizera mais de dois anos que não via a luz do Sol.
Pegava varias vezes meu celular, jogando alguma coisa para que a hora de eu sair chegasse mais rápido. Nesse momento eu ainda estava com a roupa do hospital, e isso me incomodava de uma certa forma. Expressei essa ansiedade para a Eliana, a qual a fez falar mais de três vezes em alto e bom som; - Calma!
Uma hora e meia depois tive a grande satisfação da presença de um grande amigo, que agradeço a DEUS que ele me ajudou, e muito. Seu nome; Ivan. Este é o Ivan de Darth Vader.

Escolhemos roupas, ele se prontificou a me ajudar com muito carinho. Testou as camisas antes de vestí-las em mim, pois se cabe nele, com certeza cabe em mim, era assim nosso pensamento, o que deu margem para a razão, pois foi com esta tática que consegui sair de maneira que eu me sentisse bem.
De repente entra no quarto a Silvia, e pela minha ansiedade, nem percebi a presença dela, pensei que fosse uma enfermeira, já que, de tanto ouvir meu iPod, ando agravando minha surdez...
Depois de bem vestido, pedi ao Ivan que ele pudesse me aspirar, quando entra um rapaz que não conhecia e pergunta se sou o Paulo. Naquele momento, percebi que ele era alguém da ambulância que me levaria para a casa dos Moulin.
Como eu não havia prestado atenção que a Silvia já havia chegado há um bom tempo, eu disse que eu estava esperando que ela chegasse; foi aí que paguei o maior mico e quando todos riram da minha cara. Foi muito divertido e engraçado.
Me colocaram rapidamente na maca, me despedi da Eliana, que também iria passear, mas em direção a outro lugar. Desejei feliz Natal, e lá fui eu nesse mar de emoções.

Dentro da ambulância, peguei meu iPod, e coloquei uma música do Enigma, para harmonizar mais ainda o dia que nasceu com um céu bem azul, e um lindo sol, que fazia tempo que não sentia o calor de sua luz.
Enquanto a música preenchia o meu ser, ficava observando a limitada paisagem na pequena janela da ambulância. Eu só conseguia ver poucas árvores, muito topos de prédios, e o imenso céu, muito azul.
Ao chegar ao local, e ver abrirem as portas da ambulância, senti um ar delicioso, um aroma de natureza, e de uma liberdade que não me pertence. Puxaram a maca para fora da ambulância, e logo vi em minha frente, o lindo céu, limpo, com poucas núvens.
Vocês devem estar perguntando, o céu estava em sua frente? Como assim? Tendo meu mundo totalmente horizonta, sempre deitado, logicamente minha frente está voltado para o alto.
Me levaram até o salão de festa da casa da Silvia, e logo ela veio me apresentar seu muito amado e querido por mim, seu filho Felipe. Sem poder falar por ainda eu não estar ao ventilador, eu apenas dei um sinal de positivo, e um sorriso de amigo. Felipe, sem acanho nenhum, logo veio dizendo saber de seus presentes de Natal. Disse que já sabia onde os presentes estavam escondidos, e que iria ganhar dois games.


Enquanto preparavam o local para me acomodar, fiquei vislumbrando o ambiente, a cor vinho do teto, e alguns suportes de luz fluorescente. Silvia disse que fez uma revolução na casa, já que, Maomé não vai à montanha, então a montanha vai até Maomé. Essas foram suas palavras para descrever que desceu toda a sala para o andar térreo, pois não seria muito fácil ter que ficar subindo escadas comigo. Silvia disse que aquele ambiente era a escolinha das crianças, e o Oswaldo, seu marido disse que na verdade aquele lugar era um salão de festa.
Poucos minutos depois, me aconchegaram em um sofá. Observei mais ainda os detalhes, uma imensa janela que ficou sobre minha cabeça. Dava para ver o lindo céu, uma grande árvore que tem um fruto chamado carambola, e um pé de bananeira bem ao lado.
Confortado Silvia veio me perguntar se eu queria já estar no ventilador; sendo assim, respondi que sim. Naquele instante, veio uma pessoa que eu já conhecia, que para mim, é alguém muito especial e demais importante, seu nome, Liliam, que, sempre quando tem condições, vem nos ajudar. Eu queria estar naquele momento totalmente tranquilo, por isso aceitei ficar ligado ao ventilador, e muito feliz por estar em um lugar diferente, não no hospital. Eu só não contava com o excesso de amor que há ali.
Logo que comecei a respirar bem, veio Felipe sentar ao meu lado, ele quieto me observando, sendo que ele ainda não ouviu minha vóz, eu disse; -Oi?
Desse “oi”, o mundo de curiosidade surgiu, peguei meu iPhone, e logo fui no joguinho que antes de viajar, eu estava jogando. Chamei o Felipe para perto, e mostrei o jogo a ele, que logo se aventurou no celular da Apple. Dávamos muitas risadas nas partidas perdidas, e a curiosidade de querer chegar mais longe no jogo.
Ao longe, no momento que brincávamos, percebi um outro garoto, que passou dentro da garagem. Pensei que seria algum amigo de Felipe, mas esperei que o tempo regesse aquele dia como ele deveria ser.
O jogo começou a ficar enjoativo, e nesse momento, Felipe resolve sair. Não tenho idéia para onde ele foi mas, poucos minutos depois ele volta. Nesse momento de seu retorno, vem ao meu encontro, um rapaz. Silvia me apresenta seu irmão, Antônio, acho que esse é seu nome não me recordo muito bem, pois devido tanta emoção, não prestei muita atenção aos pequenos detalhes, e olha que estes são extremamente importantes. Antônio tem a mesma idade que eu, 44 anos. Ele me recebeu com muito carinho, conversamos sobre efeitos especiais de filmes, os meus curso de cinema e animação. Rapidamente nasceu uma grande amizade.
Num momento de silencio, e minha curiosidade de observar cada detalhe do lugar, Antônio pede licença para sair. A sala iluminada pela imensa janela, mostra-se um lugar muito acolhedor, tranquilo e suave. Uns dois minutos de solidão, quando surge Felipe, que senta ao meu lado, e dessa vez vem junto um outro garotinho.
Muito tímido, ele olha para mim com olhar de curiosidade. Eu olhando para ele pergunto; - Quem ser você?; ele nada me responde, mas Felipe diz; -Ele é o Arthur.
Enquanto os dois garotos ficavam conversando entre sí, percebi o Antônio mudar um rack com uma TV de 40 polegadas de lugar, para que eu pudesse ver. Eu ficava lá, quietinho, observando o ambiente, as pessoas que passavam, os garotos brincando. Eu queria absorver cada segundo. Silvia retorna me perguntando se desejo beber alguma coisa, suco, água. Eu na minha timidez, pergunto carinhosamente se teria algo para comer, pois eu estava sem o café da manhã. No momento, Oswaldo, seu marido estava presente, foi quando os dois riram de minha pergunta, e Silvia foi preparar uma bandeja de um café da manhã totalmente especial. Panetone, pão francês, suco de laranja, dois pequenos bules, um contendo leite, o outro café. Tinha também bolachas de chocolate, e melão. Ela começou a me servir, perguntou se gosto de café com leite escuro ou claro, se quero adoçante ou açúcar, em fim, fui logo pegando um pedaço de panetone e me deliciando com aquele café da manhã como jamais tive em minha vida.
Uns 15 minutos ou mais, vieram o Felipe e o Arthur, novamente suas conversas rodeiam os presentes que ganhariam, as perguntas incansáveis para Silvia se podiam abrí-los, estavam bem serilepes.
Depois de meu café da manhã, Silvia vem me trazer os dois controles do PS3, para me juntar à dupla mais que dinâmica. Foram momentos muito divertidos, não seria nenhuma novidade que, de todas as partidas que joguei foram perdidas pois a dupla Felipe e Arthur usaram de uma estratégia que eu já esperava, eles foram muito bom jogadores, me venceram todos os jogos.
Depois de jogarmos muito, ambos saíram, nesse momento, Oswaldo vem, e começamos a conversar. Um grande amigo que compartilhei de meus poucos conhecimentos, e o dele bem mais vasto que o meu. Pude aprender muito mais sobre o amor, o verdadeiro sentimento de amor. Aquela casa tem excesso de amor que nos contagia, que nos faz desejar não querer ir embora.
Naquele momento que eu e Oswaldo conversávamos, entrou uma outra moça, Monica, também não tenho certeza se este é realmente seu nome, mas, logo que a ví, percebi ser uma pessoa muito legal, com características de ser professora.
O dia estava muito quente e abafado, tanto que Silvia tentou esfriar um pouco mais a sala. Ao longe, na garagem, ví que Monica estava lavando o chão. Nesse momento, descobri que haviam dois cães, duas cadelas na verdade, de nome, só me lembro que uma delas chama Mel. O calor era tanto que logo em seguida ví Felipe e Arthur sem camisa, aproveitando deram banho nos cachorros, junto com Antônio.
Silvia deixou os controles remotos de seus eletrônicos para que eu pudesse assistir algo enquanto todos estavam em seus afazeres. Ao ligar a TV, me surpreendi com o sinal HD da TV por assinatura, tudo muito lindo.
Logo mais a tarde, Silvia veio me dizer do cardápio do almoço, perguntou se eu comia pimenta, e eu disse que sim. O almoço foi dois tipos de Penne, um alho e óleo, e outro com carne moída. Na minha indecisão de qual eu queria, ela resolve por um pouquinho de cada, e um prato de salada. Ainda bem que nesse dia eu estava livre da comida do hospital.
Depois do almoço, vem até a mim, outra grande amiga, Jecilene. Liliam e Jecilene são auxiliares de enfermagem que cuidam da Ju, uma menininha muito linda, de olhar expressivo que mesmo com suas dificuldades, seu olhar quer dizer; -Eu amo você. A Ju, é filha da Silvia também. Fiquei surpreso ver a Je com jaleco de auxiliar, foi o momento certo de brincar com ela.
Em seguida, surgem os dois garotos, pareciam que tinham estado em uma piscina, pois seus cabelos estavam molhados. Chegaram com a intensão de jogar mais videogame, quando surge a Monica e pergunta se poderíamos assistir um filme. Para decisão, ela diz que, por serem crianças, Felipe e Arthur, seus votos para continuarem a jogar, valeria um, e os adultos, valeriam dois. Eis então, que ela pergunta; -Quem quer ver filme? Achei justo que pudéssemos compartilhar de uma tarde no cinema, sendo assim ergui minha mão. Assistimos um filme indiano chamado “Como Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial”. Um filme muito emocionante e divertido que recomendo para todos.
Lógicos que durante o filme, Felipe e Arthur não ficavam quietos, horas estavam sentados no sofá, horas no chão, horas em pé, em frente a TV. Um detalhe que esqueci de comentar é, Arthur é filho de Monica e seu marido Antônio, irmão de Silvia.
A tarde já estava indo quando o filme terminou. Continuamos vendo TV, até que a Silvia vem trazendo no colo, o anjinho que há tempo eu queria conhecer. A Ju.
Fiquei muito feliz pela oportunidade de conhece-la, e poder compartilhar daquele momento tão especial com ela. Conheci a mãe e o pai da Silvia, que logo que a Ju veio, vieram compartilhar de seu imenso amor.
O tempo parou naquele instante, parecia que eu estava ausente, apenas observando o amor agindo de diante de todos. A Ju sendo amada pelo avô, que com toda a ternura, a abraçava, a avó, não saía de seu lado; e todos ali me fizeram ser testemunha de um sentimento muito forte e verdadeiro.
Aquele amor, atingiu também a mim, que fez uma felicidade brotar como uma flor que arrebenta grandes obstáculos para poder abrir e exalar seu perfume e sua linda cor.
A noite já presente, estamos todos unidos na sala, observo cada um, conversando, brincando e se amando. Uma sensação inebriante, que não me permite a identificar o tempo, saber a hora, e planejar pensamentos. Peguei meu celular e observei que já eram 23:54h. eu disse que faltavam seis minutos para o Natal, o que faz com que todos exclamam em uma só vóz; -Já?
Chegando 00:02h, eu digo e desejo Feliz Natal para todos, nesse momentos, todos nos abraçamos e bem dizemos ao nascimento do Menino JESUS. A Silvia pede que todos deem as mãos e ela faz uma linda oração. Todos preparados para a ceia, logicamente, a fome de Felipe e Arthur, estava voltada aos presentes que o dia inteiro, estavam com o objetivo de abrí-los. Todos ganharam presentes, eu na minha felicidade de ver a Ju receber os presentes dela, em torno de Barbie, Mickey, e panelinhas. De repente, Oswaldo chega correndo até a mim e diz; -Olha, Papai Noel voltou correndo, bateu na porta e disse que esqueceu um presente, e ele disse que esse é pra você. Fiquei tímido, pois não era necessário ganhar nada, sendo que meu maior presente foi estar na casa mais amada do mundo, e o que ganhei, foi o Blu-Ray do filme Planeta dos Macacos que eu tanto queria. Ganhei também, uma caixinha de porcelana com balas de chocolate.
Todos comendo e festejando o Natal, dia especial demais para mim.
Ao chegar as 02:00h, todos se preparando para dormir, fui colocado em uma cama, e levado até um cantinho da sala que ficasse mais escurinho. Quem me ajeitou para dormir foi minha maninha querida e muito amada Je.
Depois de acomodado, pedi meu iPod, coloquei uma selação de música de Amethystium, e apesar do calor e do abafado, tentei dormir.
Ao acordar, já estava ficando claro, para saber as horas, procurei pelo iPod, e ví que eram 06:47h. naquele momento, sozinho no silêncio, fiquei observando o teto que pelo escuro, era um vinho quase preto. À minha esquerda, uma pequena janela, indicava que seria um domingo nublado. À minha direita, na parede, uma arte, desenhada o Rosto de JESUS CRISTO. Orei em pensamento, pedindo a Ele que nos ajudasse. Instantes depois, veio a Je, perguntando se eu precisava de algo e disse que queria água. Bebi três copos de água, depois, pedi para ser aspirado, e depois da aspiração, escovei os dentes.
Depois disso, estávamos questionando como faríamos para que eu tomasse banho, expliquei a melhor maneira para a Je, e com um banho aquecido, fui muito bem cuidado por ela que para mim, é uma grande irmã.
Uma hora e meia depois de terminado, a Je pergunta o que eu queria para tomar café. As opções eram tantas que decidi por um Nescafé, panetone, melão e suco de laranja. Je então vai até a cozinha preparar o café para mim, quando surge Oswaldo e diz; - Bom dia! E eu respondo; -Good Morning Vietnan! Instantes depois veio a Silvia, com uma idéia de algo que nunca tive na vida, arrastar a cama que eu estava deitado, perto da mesa, para que todos tomassem café juntos, unidos. Perguntei à Silvia se tem como colocar música, ela disse que sim, sendo assim, pedi que ela pegasse meu iPod, e colocasse a música do Enigma para encher o ambiente.
A mesa, cheia de coisas gostosas, pães, café, leite, melão, uva, pêssegos, panetone. Perguntei para a Silvia, se havia uma torradeira, ela me mostrou que sim, então pedi que ela torrasse uma fatia de panetone para ficar quentinho e crocante. Para ela isso nunca aconteceu, e achou muito estranho, e fez como eu pedi, e pedi a ela também que experimentasse, pois é gostoso.
Depois do gostoso café, acompanhado pela Je, Felipe, Silvia e Oswaldo, foi o momento que tive a chance de querer tirar fotos. Dessa vez, mais a vontade, quis preservar cada cantinho daquele lugar maravilhoso comigo. Quando estava sendo preparado para voltar ao sofá, pedi que eu fotografasse a grande janela que nesse momento, estava em minha frente, pois eu estava virado para a direita na cama.
A Silvia então sugeriu que me levassem para fora, pois ficaria bem melhor que eu fotografasse tudo. Fotografei o pé de bananeira, o pé de carambola, a pitangueira. Depois fui levado mais ao longe, onde fotografei outras flores, fotografei o chão, pois achei muito lindo, fotografei o céu, os cachorros, tudo que eu tinha direito.
Depois da seção de fotos, voltamos para a sala, e fui ser deitado no sofá. Nesse momento, resolvi assistir o filme que ganhei, com Oswaldo, a Monica e o Felipe.
Ao chegar 12:00h, a Je vem se despedir de mim, pois ela passou o plantão para a Liliam.
Enquanto passava O Planeta dos Macacos, Felipe sai e volta com uma caixa, de um brinquedo que lembro muito bem que eu tinha quando eu era garoto. Ele põe a caixa no chão, e começa a tirar tudo de dentro dela. Peças e mais peças plásticas coloridas, revelariam um jogo de armadilha de pega-ratos. Ele tenta montar todo aquele monte de peças, encontrando dificuldade, tem ajuda de seu tio Antonio, que foi pedido pela Monica que ajudasse Felipe a montar seu jogo. Minha atenção estava voltado para tudo e todos; horas vendo o filme passar, e horas vendo Felipe montando a armadilha pega-rato com seu tio. Instantes depois de montado, tudo pronto para ver se funciona. Rodando uma pequena manivela, que por um estalo chuta um pé, que derruba um baldinho onde continha uma esfera que desce por um caminho, batendo numa haste, que derruba uma segunda esfera, que cai em uma alavanca, que joga um homenzinho num balde grande que bate em outra haste, e que desce a gaiola que prende o rato. Esse era o jogo que eu tinha quando garoto.
Ao terminar o filme, Silvia veio me oferecer o almoço, dessa vez, as deliciosas sobras de carne, o delicioso risoto que o marido dela fez, farofa, batata-palha e salada.
Eu já farto do café da manhã, não comi muito, pois além de estar de barriga cheia, o calor e o abafado faziam com que eu ficasse constantemente com catarro, o que me fez pedir para ser sempre aspirado. Sendo assim, infelizmente não tive a chance de experimentar a sobremesa.
Quase 18:00h, ví que estavam preparando o lugar da Ju ficar, nesse momento fiquei mais feliz, pois o anjinho voltaria a ficar com a gente. A Silvia disse que a Juju queria que eu assistisse com ela, O Expresso Polar, eu disse então que estarei extremamente feliz ao lado da Juju assistindo essa animação muito maravilhosa.
Mais uma vez, falando desse anjinho chamado Ju, infelizmente ela não fala, mas é extremamente inteligente. A prova disso, foi um DVD que a professora dela fez, mostrando a Ju pintando, aprendendo e ensinando a todos nós com sua luta.
Todos reunidos na sala, antes da animação do Expresso, assistimos a uma apresentação de dar orgulho e satisfação de viver. Que DEUS infinitamente, abençoe essa garotinha
Depois da animação, foram momentos de novas fotos. A noite já havia chegado há 3 horas atrás. Momento esse muito divertido e gostoso. Novamente o amor aflora com muita intensidade. Nos abraçamos, sorrimos e nos alegramos. Tive a chance da Juju bem pertinho de mim, onde pude segurar sua mão.
Nesse momento, em que todos estavam jantando, eu, olhando para a Ju, orei em silêncio, e disse ao meu coração; -Ju, eu tenho certeza, se for da vontade de DEUS, você vai ser curada. Eu tenho certeza, se for da vontade Dele, você vai andar, cantar, brincar com outras crianças. Eu tenho certeza que, se for da vontade Dele, tudo é possível, e em meu coração, eu peço muito a DEUS, que te cure, e te abençoe imensamente.
Chegou a hora de eu partir. Dentro de mim, eu não queria voltar. Eu olhava para todos, sorrindo, mas minha alma estava em prantos. Queria continuar no abraço daquele amor infinito, daquele carinho, daquela emoção. Horas antes, em meu celular, recebo uma mensagem, de uma de minhas melhores amiga, chamada Ana. Na mensagem, ela pergunta se já estou voltando. Eu disse que estavam preparando minha partida. Minutos depois, ela me retorna com uma pergunta, se desejo voltar. Eu respondi; “Sinceramente, pela situação que o hospital se encontra, não me dá vontade de voltar.”
Me despedi da Ju, dos outros, fui colocado na maca da ambulância, tirado da sala, passando em um corredor aberto, onde dava para ver o céu escuro, algumas gotas de garoa, e fui colocado dentro de uma caixa sobre rodas.
Antes de fecharem a porta, a Silvia me perguntou se os garotos, Felipe e Arthur haviam se despedido de mim, eu respondi que não, então ela foi chama-los.
Quem primeiro entrou foi Arthur, ainda tímido, e em seguida, veio Felipe, que me abraçou.
Calado, peguei meu iPod, e novamente coloquei a música de Enigma, para me suavizar a alma.
Fecham-se as portas da ambulância, em em pouco segundos vou me afastando de um lugar onde o amor habita.
Olhando as paredes da caixa sobre rodas, apenas pude pensar que eu estava em um portal. Um transporte que te arranca de um lugar belo para a sua realidade. Vem em minha mente, Morpheus, dizendo para Neo em Matrix; - Welcome to the real world.
Esse foi meu maravilhoso Natal de 2011. Muita emoção e alegria. O que escrevi aqui, não se trata de erros de português, mas sim, o que vivi. Posso ter deixado alguma coisa para trás, alguns detalhes, mas o principal está escrito. Eu agradeço muito a DEUS, por essa oportunidade em minha vida. E que todos que estão com a Ju, sejam abençoados, e tenham a certeza de um lugar muito especial, ao lado de DEUS, no Reino Eterno.
Beijos, saudades, coração, amor e emoção.
Com carinho. Paulo.

Tuesday, February 9, 2010

Meu DEUS, por favor, me ajude ?! - Parte 2

Sinto-me desorientado, perdido na maioria do tempo; as vezes até, ocioso em busca de força maior, para ao menos completar uma tarefa.
Eu preciso de ajuda, mais para tentar organizar minha mente.
Sei que devo ao mundo, minhas inspirações, meus poemas, minhas artes, minhas lágrimas. Mas sei que há algo impedindo que eu haja, que eu tenha o prazer, na luta da vida, que eu enxergue as cores, no horizonte cinza que me cega.
Hoje estou bem, tranqüilo, mas sei que a qualquer momento, sem aviso nenhum, eu mesmo estarei me cobrando, me castigando quanto as tarefas que tenho que cumprir.
Meu DEUS, me ajude. Já repeti tantas vezes esta silenciosa oração, na esperança de ser atendido; o fato é que, sempre sou atendido, mas não encontro em meus caminhos, a ajuda Divina que me foi concedida.
Meu DEUS, me arranque das garras do inimigo. Tento outra vez, pedir forças, pois além de algemado, encontro-me amarrado em uma camisa de força.
O que há de errado ? O que há comigo ? O que fiz para merecer tal atrocidade ?
Sei que devo parar de tanto drama, levantar a cabeça, e enfrentar os leões que surgem em minha frente sem piedade; mas esta coragem, dura pouco, dando lugar ao medo, a não certeza, a não razão, a não verdade.
O que é a verdade realmente ? Ou a razão, de quem é ? E a certeza, a quem pertence ? O medo me faz cair.
Somos seres inteligentes, e mesmo assim, ao invés de sermos realmente inteligentes, lutamos contra nós mesmo, e muito até, contra o próximo.
Tantos e tantos pensamentos enganosos e certos, borbulham como lava vulcânica que é expelida para fora.
Hoje estou bem. Devo me acostumar a nova fase de minha vida, largar a rebeldia, abandonar alguns vícios, e me deleitar com que me é dado, em prol de minha melhora.
Quero melhorar, quero viver, quero lutar.
Darei o melhor de mim, para alcançar as dádivas de minha existência aqui na terra, pois quando chegar a hora, de um dia eu partir, dia este, apesar de não sabermos quando, farei com que seja muito além, muito longe, para mostrar ao mundo, que apesar das duras lições da vida, a vida é por demais, excelente e maravilhosa.
Eu amo todos vocês.

Wednesday, January 6, 2010

Perfil do projeto de animação 3D

Perfil do projeto de animação 3D.

Esta animação baseia-se em fatos muitas vezes reais, nos grandes e complicados obstáculos que muitos deficientes físicos tem ao longo do dia; principalmente em sua locomoção, tanto com muletas, bengalas e cadeiras de rodas.

Nesta animação, pretendo focar ao máximo, a vida desses grandes lutadores, uma vez que, nesta animação, voltada mais para estilo comédia, pretendo mostrar a muitos que, apesar de muitas vezes querermos desistir de algo que está em nossa frente, por achar que é uma montanha imensa, podemos sim, com muito esforço e dedicação ultrapassá-los com toda certeza.

As maneiras e estratégias de superar cada obstáculo, pretendo mostrar de maneira cômica, mas nada que gere ofensa ao deficiente, uma vez que eu mesmo sou um grande lutador, e encontro-me neste exato momento com uma montanha que diga-se de passagem, parece-me aos meus olhos, muito maior que o Everest, mas creio que conseguirei vencer esta.

Quero mostrar que, os obstáculos, as dificuldades que encontramos em nossas vidas: digo; nós deficientes; não são inimigos, mas sim, amigos até, pois nos abre a mente para imaginarmos condições absurdas, de maneira até sobrenatural, como vencer aquilo que está em nossa frente. Eu mesmo, quando encontro uma calçada absurdamente alta, gostaria que houvesse um botão, onde eu apertasse e propulsores surgissem debaixo de minha cadeira, e como uma contagem regressiva: 5, 4, 3, 2, 1, uma nuvem de poeira começasse a subir, levantando aquela cadeira de rodas motorizada na qual encontro-me sentado. E vendo que dá para chegar ao nível da grande calçada, desço com tranqüilidade, sem nenhum estress. Que imaginação essa a minha heim ? Vou propor que os fabricantes de cadeiras de rodas motorizadas disponibilizem um acessório desse, e que vendam em pares, e barato logicamente, pois se cada propulsor custar o olho cada cara, por comprarmos apenas um, quando ativado, giraremos muito mais rápido que um peão; pois é, acho que devemos estudar melhor este esquema...

Então, voltando ao projeto; refleti muito neste final e início de ano. Quero muito, colocar o deficiente físico, o centro de tudo. Não conseguia chegar a um acordo até que, uma luz acendeu sobre minha cabeça e começou a esquentar; esquentava, esquentava, esquentava, e os poucos fios de meus cabelos começaram a queimar, até que percebi que o foco de luz estava aceso, tive que apagá-lo logicamente.

Bem..., a idéia final para este projeto foi o seguinte; baseando um mundo virtual 3D, nada de um mundo futuro ou passado, mas com características bem marcantes. Os deficientes físicos, para serem mais contrastados; decidi que estes serão pessoas realmente, personagens baseados em seres humanos; afinal de contas, somos seres humanos. Mas..., os familiares, responsáveis, em geral; neste mundo virtual que pretendo criar em 3D, todos os que não são deficientes..., serão animais.

No primeiro episódio, pois pretendo criar uma série; quero criar uma apresentação, mostrar os personagens envolvidos, que durante muitos episódios farão parte dessa criação. Pretendo mostrar o Léco e a Léca, personagens estes baseados na minha vida real, onde são os centros desse primeiro episódio.

Como trata-se de um ambiente hospitalar, as demais pessoas terão que ser animais; e aqui classifico isso com mais detalhes: hierarquicamente, vamos colocar as classes nas seguinte ordem;

MÉDICOS, ENFERMEIRAS, AUXILIARES DE ENFERMAGEM

Para cada classe profissional destacada acima, terá uma raça de animal, veja como imaginei;

MÉDICOS / ENFERMEIRAS / AUXILIARES DE ENFERMAGEM
CÃES AVES / ÁGUIAS COELHOS

Sendo assim, começo a enxergar as diretrizes de como devo seguir; não será nada fácil, mas está sendo gostoso ver estes detalhes.

Bem, existem centenas ou até milhares de raças caninas e podemos muito bem identificar cada médico com uma determinada raça.






Consegue imaginar alguns destes com jaleco e estetoscópio ? Seria algo muito interessante.

E as enfermeiras ?








Brava não ? Mas acreditem, esta braveza toda é em prol da administração e "bom" andamento do atendimento aos pacientes.
Agora…, e as auxiliaresde enfermagem ?








Que gracinha não ? Imagine, coelhos magros, gordinhos, altos, baixos, brancos, negros, marrons e assim por diante.

Existem outros profissionais envolvidos, como os técnicos de manutenção, que pretendo dar a vez aos castores.

No final de cara etapa da separação de cada pessoa com seu alter-ego, terei que rebatizá-los, dar a cada personagem criado um nome fictício.
Conforme o resultado do primeiro episódio, pode ser que o número de personagem aumente, e idéias para crescimento desse projeto é alvo garantido, na oportunidade de mostrar ao mundo, o quanto a vida realmente vale a pena.

Sunday, October 25, 2009

Prisão da Alma

A pior prisão, não é a prisão física, que na prioridade, aqueles que cometeram atos horrendos, devem ser excluídos da sociedade.
A pior prisão não é aquela que tenta manter um ser humano enjaulado, ou mesmo acorrentados para que este não aja, em prol de sua satisfação.
A pior prisão é a prisão da alma.
Onde você é excluído da moral e de sua natureza.
Onde você é obrigado a estar em situação completamente dominante, sem que você se sinta na harmonia de poder expressar sua excência, suas idéias, sua boa conduta.
A prisão da alma é gritante, penso em até, pior que o bíblico inferno, pois você é tratado como um boneco, e nas mãos de muitos, tem que se humilhar, ao calar, dando ouvidos à conversas sem sentidos, e muito menos de bom agouro.
Estou num mundo em que não tenho chance de ser aquilo que tenho por natureza; sigo caminhos excrupulosos de baixarias e desrespeito.
Tenho pena dessas pessoas, que, com máxima certeza, podem me dominar, mas suas almas encontram-se presas num estágio degradante, onde a ignorância, não é apenas deixar de se envolver, ou conhecer o mundo ao seu redor, e sim, é de se abster a si próprio, da verdade que DEUS, na sua máxima excelência, nos dá o sopro da vida.
Tenho pena dessas pessoas, pois são desprovidas de amor, de calor humano, de olhar o seu próximo com dignidade, e pior ainda, de olhar o seu filho apenas como mais uma jaula para a alma que alí, através de um ato de sexo e não de amor, fôra depositada.
Tenho pena dessas pessoas que se desvalorizam, se expressam de maneira louca, onde a razão e o racional, foram jogados no lixo, e nem se quer, conseguem enxergar isso.
Quero sair de meu físico, pois onde vivo, não tenho chance da paz, nessa guerra eterna da exclusão da alma ao mundo que tanto mostra-se consumido pelo ódio.
Todos tem chances de mudar, de melhorar não somente a si, mas tudo ao seu redor. E quem disse que estes problemáticos seres desprovidos de bom senso, tem o mínimo de vontade de ser vencedores ? Pobres criaturas errantes.

Saturday, October 3, 2009

A Síndrome de Frankstein

Em 30 de agosto de 1797, nascia no Reino Unido uma escritora que chocou o mundo com uma de suas principais obra. Mary Shelley aos 18 anos, começou a escrever uma novela que nos intriga dia após dia; The Modern Prometheus, ou mundialmente conhecido como; Frankstein.
Segundo informações, Mary se inspirou em seu professor Victor Frankstein, com seus ensinamento de como criar vidas e criaturas semelhantes ao homem.
A história de Frankstein muitos conhecem, tido como horror, conta a história de um cientista que tenta através de várias parte do corpo humano, de várias pessoas, criar um único ser vivo. Se passar por DEUS e ter a sensação do poder da criação.
Assassinando pessoas inocentes, escolhe a parte de seu físico que esteja faltando em sua pesquisa, e ao completa-lo; com braços e pernas de pessoas distintas; vislumbra o imenso corpo deitado em cima de uma maca, cercadas de fios que são ligados em partes no ser que momentaneamente dorme.
A chuva presente, enche-se as ruas desertas clareadas por imensos relâmpagos que fazem daquele ambiente, o mais inóspito possível.
Frankstein espera o momento certo de um relâmpago atingir em cheio uma das lanças no topo de seu castelo, onde estão conectados os cabos com destino ao corpo monstruoso no centro do laboratório.
Frankstein observa o negrume céu ansioso e quase cego por luzes repentinas que por vezes caem próximas ao seu tão aguardado alvo.
De repente, com um clarão intenso, um raio riscando o céu, vai de encontro a uma lança de aço que por calor intenso, torna-se alaranjada.
Um som ensurdecedor enche aquele ambiente agonizante, onde a luz dança uma coreografia descontrolada, indo de encontro ao enigmático ser que se encontra inerte no meio do crespúsculo úmido e frio.
O sopro da vida foi dado ao ser que entre nós não é bem vindo, ou mesmo, um ser mal interpretado.
Minha vida, vejo hoje, a síndrome de Frankstein.
O monstro de Frankstein, fôra feito com parte de vários corpos, muitas vidas foram tiradas em prol de uma, na oportunidade de se tentar criar muitas.
Minha vida, fôra feita com muitas mentes, na oportunidade de se criar uma única. Uma única mente capaz de pensar, lutar, e desejar viver. Uma mente digna de respeito, pois de muitas mentes que fui criado, sou herdeiro de uma educação respeitosa.
No laboratório da vida, me deram os anos que eu vivesse, anos estes que no início, sim, teve um limite, mas hoje, hoje supero o que muitos antes, acreditavam que eu viveria pouco.
Sou criação de muitos, e estes muitos, agora me vêm apenas um ser indigno. Indignidade esta dada pelos que me educaram, pelos que abriram minha mente, pelos que me deram a chance do conhecimento, pelos que me deram a chance a vida.
Como o monstro de Frankstein, incompreendido pela sua razão de vida, me sinto.
Jamais tive culpa de estar ou ser assim. A vida nos prega destinos que devem ser seguidos e acreditem, estou aqui, na minha vontade e luta de viver.
Minha irmã também sente o mesmo, pois o mesmo destino que a mim fôra aplicado, a ela muito mais castigante e amargante sente o ardor do desprezo múltiplo.
Do direito ao respeito e consideração, fomos excluídos. Aqueles que nos criaram, temem entrar em nosso quarto, no temor e pavor que peçamos algo por nós necessário.
Mais uma vez, eu digo, não temos culpas de assim sermos.
Realmente, como seres humanos, não somos perfeitos, mas, dessa vida paralítica que temos, aprendemos muito mais que muitos que andam em ruas escuras. Aprendemos muito mais que pessoas que vivem suas vidas levianamente.
Aqui, somos confessionários de atos torpes, pois sabem que o medo de agir, nos faz mais ainda, vítimas da polio que nos ama.
Não somos seres viris, pois desde crianças, na ditadura educacional, nos foi tirado a luz da coragem que muitos tem.
Mas somos seres pensantes, e atraves de nosso dom de reflexão, procuramos meios de suportar as tristes agulhadas que dia-a-dia nos dão.
DEUS nos faz impuros se desejarmos que estes que nos criaram, estivessem na situação de prisão física, pois ao menos sentiriam na pele o desgosto do egoísmo que o próximo lhe oferece.
DEUS nos faz impuros se desejarmos que estes que agora, se arrependem de nos manter vivos, tivessem a chance de serem tratados com mesquinhez, impor-lhes que esperem ajuda, o momento que eles estipularem, e sua necessidade for de matar a sede, ou de querer respirar melhor.
Não estamos em busca do luxo, mas a sensação de lixo que sentimos, gera dentro de nossos corações, tristeza e rancor por não podermos ao menos ter o direito ao bem-estar, que a constituição humana, que permite até aos crimonosos, que tem em suas mãos, sague alheios que de maneira alguma os pertenceu. Essa é a síndrome de Frankstein, criados onde a sociedade nãos nos compreende inteiramente.

Tuesday, September 22, 2009

Tu Desejas Que Eu Te Deseja


Tu desejas que eu te deseja.

Ao ver-te no horizonte ensolarado.
Na luz ofuscante do lumiar rei.
Vejo tua silhueta marcante e perfeita.
Perfeita aos meus olhos que enxergam com o coração.

Ao ver-te ao longe.
A brisa que a mim aconchega.
Trás até a mim o teu calor.
Calor ardente, quente que desfaz meus pensamentos racionais.

Ao ver-te longe.
O calor que sinto de ti aumenta.
Desesperado vejo-te aproximando de mim.
Num desfile sensual que me acalenta.

Chegando perto de mim.
Em silêncio absoluto.
Sinto o exalar de tua fragrância.
Perfume este que desperta em mim, desejos mais absortos.

Olho em teus olhos.
Cobertos por teus negros cabelos.
Sem dizer sequer uma palavra.
Penetro meu olhar em teus lábios.

Tu desejas que eu te deseja.
E sem hesitar, atrevo-me a tocar tua face.
No labirinto, no caminho da mais pura ceda.
Exploro com ânsia tua pele no caminhar de meus dedos.

Tua excência torna-se o éter que permeia nossos corpos.
Embriaga nossa razão, dando vazão aos nossos desejos.
Desejo-te intensamente.
Desejo-te amavelmente.

Estamos nus neste mundo somente nosso.
Apenas DEUS é testemunha de nosso Adão e Eva.
E abraçados pelo calor ardente de nossos corpos.
O ar, misturado aos nossos fluídos, provoca-nos mais excitação.

Tu não suportas mais a ânsia que te cerca.
Gemendo ao gozo que em instante virá.
Tu me abraças fortemente.
Sentido meu amor maior dentro de ti.

Fôra a penetração mais intensa.
Pois ambos, de tão desejados.
O mundo ao nosso redor desaparece.
E dentro de ti, sinto teu pulsar fervente.

Nossos corpos.
Cobertos por um mel de amor.
Nos obriga a explorar cada centímetro de nosso físico com a boca.
E ao abraçar nossas línguas, infinito torna-se este imenso desejo.

Tu desejas que eu te deseja.

Friday, June 5, 2009

Raiva


Primeiramente peço perdão aos amigos que lêem meu blog, em especial uma amiga na qual ontém, convidando-a para ler os pedaços de mim, juga-me apenas pela aparência fúnebre e triste, na cor negra de um fundo sem vida. Mas seu jugar fôra apenas na aparência, pois quando perguntei, se devia fingir meus sentimentos e sensações como a sociedade exige, ela disse simplesmente "não".
Perdoe-me por expressar a verdade de meu ser, mas, não quero entrar nos contos de fadas de Poliana. Sei que peco, pois Cristo juga a tristeza um pecado, mas não sou forte o suficiente para levar tudo numa alegria utópica.
Eu sei que me torno irresponsavelmente sociável comigo mesmo e para meus muito amados amigos mas, por favor, entendam, não me peça para fingir, pois mesmo alguns, têm a dor daquilo que tanto incomóda.
Estou com raiva, raiva de ser um trouxa da vida.
Raiva de tanto se dar, e quase nada a receber. Realmente, sempre aprendi que, devemos dar tudo que temos, sem esperar algo em troca, mas bem no fundo de nosso âmago, existe sim, a ânsia de uma recompensa.
Tento não pensar nisso, mesmo porque, no momento em que você se dá à alguém que realmente mereça, tem aquela sensação de satisfação, de ver o sorriso das pessoas que recebem um prêmio que prova o quanto especial ela é, mas..., e eu ? Sou ou fui especial em algum momento para ela ?
Somos seres racionais mas, e os animais ? Entendemos que para domesticar um cão ou gato, eles só fazem aquilo que queremos em razão de algo que os satisfaça, sendo assim, uma recompensa.
sinto-me negligenciado, e isso me abate. Lógico, a pessoa não tem culpa, ninguém tem culpa de seus atos dadivais, afinal de contas, estou dando este presente de coração, de amor, de carinho e afeto, pois você merece muito mais que isso que tenho a lhe oferecer. Mas..., e eu ?
Pula Rex ! Pula ! Isso garoto, bom rapaz, toma aqui um petisco...